Dia Mundial do Livro


Que melhor dia para se festejar o nosso aniversário!

Parabêns para mim e para todos quantos hoje celebram mais um ano de vida.

Faço votos de que seja uma vivência plena de leituras, livros, viagens, imagens, sentidos, sabores e prazeres.

Feliz dia do Livro.

Feliz 23 de Abril!

Dia Mundial da Terra


Hoje é o dia mundial do nosso planeta. Porque o ambiente precisa, porque o nosso futuro, como humanidade, depende do que fazemos hoje. Há quem diga que o futuro do planeta está nas mãos das crianças, mas como esperar delas o que nós não fazemos? Deixem-se de ilusões, cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo contam... a partir de ontem! Não se iludam, não lavem as mãos da responsabilidade, porque se não tomarmos medidas hoje, para quê sonhar com amanhã?
A data hoje celebrada foi criada nos Estados Unidos da América em 1970, com o primeiro protesto contra a poluição, convocado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, passando a ser comemorada por outros países na década de 90.
Actividades como limpeza de praias, palestras sobre aquecimento global, campanhas de reciclagem, concursos, workshops e outros eventos culturais têm lugar hoje em Portugal e no resto do mundo.
O canal do National Geographic dedica o dia à efeméride e deixa várias dicas ambientais para salvar o planeta: «Não use copos descartáveis, diga não à publicidade na sua caixa de correio, ponha o carro de parte e apanhe um autocarro, recicle os cartuxos da sua impressora e dê o seu velho equipamento informático».

Faça um pouco por si, um pouco pelos seus filhos, um pouco pelo planeta. Faça pelas razões que fizer... mas faça!

O Rapaz do Pijama às Riscas

Amizade... Traição... Morte
Palavras demasiado pesadas na vida de duas crianças de 9 anos de idade. Dois rapazes que vivem em mundos opostos, numa mesma época. O holocausto visto pelos seus olhos, desconhecedores da realidade que experimentam, do porquê de todos os males.
A vida de ambos é alterada incompreensivelmente, ambos choram, ambos sofrem, mas um sobrevive a uma realidade que o outro nunca conseguirá compreender.

Esta é a história de uma amizade impensável, apenas possível na idade em que ainda não se perdeu a inocência. Numa leitura que flui rapidamente revela-se uma intensidade emotiva aterradora.

Bruno é um rapaz alemão, cujo pai tem um emprego muito importante, o qual cumpre com excelência, de tal forma que o próprio «Fúria» jantou em sua casa certo dia, revelando os planos que tinha para o futuro do pai; O Fúria era mais baixo do que o pai e, achava Bruno, não tão forte. Tinha o cabelo escuro cortado muito curto e um bigodinho minúsculo - era de facto tão minúsculo que Bruno não percebia porque é que ele se dava ao trabalho de o ter...

O novo emprego do pai é fora de Berlim, o que obriga a uma mudança de casa. Mas Bruno não gostava de viver em «Acho-Vil», é um local isolado, sem nada para fazer, sem crianças para brincar. O que mais gostava de fazer era explorar e contrariando as ordens de seu pai, certo dia parte para o desconhecido e quando julgava não haver mesmo nada de interessante, vê o pontinho que se transformou numa pinta, que se transformou numa mancha, que se transformou num vulto, que se transformou num rapaz.

Os dois rapazes ficam amigos e têm longas conversas, separados apenas por uma vedação de arame; Todos os dias Bruno perguntava a Shmuel se podia passar por baixo da vedação para poderem brincar daquele lado, mas todos os dias Shmuel dizia que não, que não era boa ideia.
Falam das suas vidas e trocam experiências, cada um compreendendo o outro através de um processo de comparação com a sua própria realidade. Mas Bruno nunca entendeu a amplitude do horror, da atrocidade, da humilhação diária em que Shmuel sobrevivia, nunca soube o que era viver do outro lado da vedação; E ontem contou-me que ninguém sabe do avô, que ninguém o vê há alguns dias e que sempre que pergunta ao pai pelo avô ele começa a chorar e dá-lhe um abraço tão forte que ele fica com medo de morrer sufocado.

Há medida que a trama evolui, a inocência destas crianças vai sendo destruída pela verdade atroz, cruel, verdadeiramente, esmagadora; Bruno franziu o sobrolho e pôs-se a pensar em toda aquela gente de pijama às riscas, a imaginar o que se andaria a passar em Acho-Vil e se não seria um sítio indesejável, já que toda a gente parecia tão pouco saudável. Nada fazia sentido para ele.

Mais tarde, pela primeira vez, Bruno sente medo, horror e vontade de voltar para casa, quando finalmente percebe a diferença entre o que imaginou ser a vida daquelas pessoas de pijama às riscas e o que realmente era o seu dia-a-dia; O que havia era multidões sentadas em grupos mais pequenos, de olhos postos no chão, terrivelmente tristes...

Uma história sobre a amizade, a perda da inocência, a guerra e a morte. Uma história que lembra A vida é Bela; até quando se consegue esconder a verdade?
O Rapaz do Pijama às Riscas, venceu vários prémios literários e já tem a sua versão cinematográfica. Uma leitura para pais e filhos; o holocausto apresentado na perspectiva inocente de dois amigos de 9 anos, que não chegam a conhecer a verdade das suas histórias.