Irena Sendler






A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade.
- Irena Sendler


Quando a Alemanha invadiu o país, em 1939, Irena era enfermeira e quando em 1942 os nazis formaram o gueto de Varsóvia, conseguiu para si e para as suas colegas passes que lhes permitiam circular no gueto como profissionais de saúde. Conhecendo os planos de extermínio, contactou as várias famílias no sentido de lhe entregarem as crianças, de forma a que as pudesse tentar salvar. Ao longo de um ano e meio conseguiu salvar mais de 2.500 crianças, tendo criado um arquivo com a identificação de todas na esperança de um dia poder uni-las novamente às suas famílias.

Foi presa e barbaramente torturada pela Gestapo em 1943. Na prisão encontrou num colchão de palha uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio” e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II. Conseguiu, com a ajuda de um soldado alemão, escapar à pena de morte que lhe havia sido destinada.

Irena Sendler foi apresentada como candidata ao prémio Nobel da Paz pelo Governo da Polónia, todavia, o título foi dado a Al Gore por um slide show que apresentou sobre o clima global.

Numa sociedade em que os verdadeiros heróis são esquecidos, em que alguns procuram provar que o holocausto nunca aconteceu e em que a vida humana vale menos do que um PowerPoint, não deixemos nós esquecer este nome IRENA SENDLER.